
Ah, os mistérios do desejo! Quantos de vós, cavalheiros, já deram por si a equilibrar os vossos desejos com os da vossa parceira? Um estudo recente do Instituto Discurv para a XloveCam (julho de 2024) lança uma luz interessante sobre estas diferenças naturais.
Sabem aqueles momentos em que têm estrelas (e algo mais!) nos olhos, enquanto a patroa está mais encantada com o último episódio da sua série da Netflix… Pode ter a certeza de que não está sozinho nesta montanha-russa emocional!
As ideias pré-concebidas não morrem
Ouvimo-las desde o início dos tempos: “Os homens só pensam nisso”, “As mulheres têm dores de cabeça”, “Os homens estão programados para espalhar os seus genes”… Durante muito tempo, a sociedade vendeu-nos a imagem de um homem em perpétua procura quando confrontado com uma mulher que joga a carta da enxaqueca. Entre piadas sobre “deveres conjugais” e revistas femininas que prometem “despertar a tigresa que há em si”, os clichés sobre o desejo masculino e feminino moldaram a nossa visão da sexualidade. Há mesmo quem afirme que a biologia justifica estas diferenças: a testosterona torna os homens naturalmente mais… empreendedores. Mas qual é realmente a situação em 2024, numa altura em que os códigos do casal e da sexualidade estão a sofrer uma revolução? Os números reservam-nos algumas surpresas…
Uma realidade que dói (mas não demasiado)
Agarrem-se aos chapéus: segundo o último estudo Discurv para a XloveCam (julho de 2024), 77% dos homens admitem que querem masturbar-se mais vezes do que as suas namoradas. E adivinhem? 80% das mulheres concordam! É quase reconfortante ver que, pelo menos neste ponto, toda a gente está de acordo, não é?
Mas não se trata apenas de uma questão de “quem quer mais”. O inquérito revela que apenas 51% das mulheres consideram que a sexualidade é importante nas suas vidas, em comparação com 69% dos homens. E não se esqueça da sua tanga: em 1996 (sim, quando as Spice Girls faziam dançar o planeta), 82% das mulheres consideravam-na importante! O que é que aconteceu em quase 30 anos? Será que as séries de streaming ganharam definitivamente a batalha pela atenção?
A grande “recessão sexual
E não se trata apenas da impressão de um solteiro frustrado: estamos a assistir àquilo a que os especialistas chamam, de forma simpática, uma “recessão sexual”. No fundo, é como a bolsa, mas com menos subida e mais descida… Os números são claros: 76% dos franceses tiveram relações sexuais durante o ano (menos 15 pontos do que em 2006). Quanto às relações semanais, passaram de 58% em 2009 para 43% atualmente. A este ritmo, dentro de alguns anos, fazer amor será tão raro como encontrar um parque de estacionamento no centro da cidade!
Falemos de prazer!
Então, meus senhores, preparem-se: apenas uma mulher em cada quatro (27%) atinge sistematicamente o sétimo céu com o seu parceiro, em comparação com quase um homem em cada dois (48%). Não há muito com que se entusiasmar, pois não? Mas não desespere: por estranho que pareça, a taxa de insatisfação continua bastante próxima entre os dois sexos (27% para as mulheres, 23% para os homens). A prova de que quantidade nem sempre é sinónimo de qualidade!
Números que nos fazem pensar
E não é tudo! O estudo revela diferenças ainda mais acentuadas nos nossos hábitos íntimos. Quando se trata de prazeres solitários, 36% dos homens desfrutam de um momento semanal de descontração, em comparação com apenas 19% das mulheres. Ainda mais revelador: 13% dos homens fazem disto uma atividade diária, enquanto apenas 3% das mulheres o fazem. Muito longe do cliché “As Cinquenta Sombras de Grey”!
Existe também uma grande diferença no que respeita ao consumo de conteúdos eróticos: 73% dos homens admitem assistir a esses conteúdos, contra 34% das mulheres. Esta diferença pode ser explicada, em parte, pelo facto de a maioria destes conteúdos ser concebida por e para homens. É um pouco como mostrar apenas futebol na televisão e ignorar todos os outros desportos – limita inevitavelmente a audiência!
O peso das expectativas sociais
Mas para além dos números, há também tudo o que não medimos: a carga mental, o cansaço acumulado, o stress profissional… Para não falar do facto de a nossa sociedade continuar a enviar mensagens contraditórias às mulheres: ser sensual mas não demasiado sensual, liberta mas não desenfreada, disponível mas não “fácil”. O resultado é uma libido que anda em ioiô!
Existem soluções (sim, sim, prometo!)
A boa notícia é que os nossos contemporâneos estão cada vez mais à vontade para falar dos seus desejos. 71% dos casais dizem que podem discutir a sexualidade livremente. E entre os jovens (18-34 anos), 66% consideram importante falar abertamente sobre as suas fantasias. Parece que a geração TikTok compreendeu alguma coisa!
Algumas dicas para aquecer o ambiente (sem aumentar a sua fatura de eletricidade):
- Parar de fazer beicinho quando é não! Não há nada menos sexy do que um homem que amua como uma criança privada de sobremesa.
- Invista na sedução quotidiana. Não, enviar uma foto dos seus abdominais não é considerado romântico…
- Ouça realmente a sua parceira. E por “ouvir”, não queremos dizer “acenar com a cabeça e esperar que ela acabe de falar”.
- Crie o ambiente certo. Dica: meias espalhadas pelo chão e um jogo de futebol a passar ao fundo não é exatamente o que se pode chamar um ambiente romântico.
Uma palavra final
As diferenças de libido de um casal não são inevitáveis, mas sim um desafio a enfrentar em conjunto. Tal como cozinhar ou dançar, é uma questão de ritmo, de tempo e de prática! E não se esqueçam: a paciência e o humor são os vossos melhores aliados nesta busca do prazer partilhado.
[Nota técnica para os mais exigentes: Esta análise baseia-se no estudo Discurv para a Xlovecam, realizado em julho de 2024 junto de 500 franceses representativos da população. Basta dizer que eles trabalharam arduamente para chegar a estas estatísticas exactas].
E vocês, meus senhores, como lidam com estas diferenças de desejo na vossa relação? Não hesitem em partilhar as vossas experiências (bem, talvez não os pormenores mais sumarentos, mas vamos manter as coisas limpas!
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