
num mundo em que o stress e a ansiedade fazem frequentemente parte do nosso quotidiano, é essencial compreender o seu impacto na nossa vida sexual. Vamosdescobrir como estes dois factores psicológicos podem afetar atua sexualidade e que estratégias podem ajudar a combatê-los.

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Alguma vez sentiste que as tuas preocupações diárias estavam a afetar o teu tempo privado? De acordo com um estudo do Ifop para a Lelo, publicado em fevereiro de 2024, a proporção de franceses que tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses é a mais baixa dos últimos 50 anos. Os jovens são particularmente afectados.
O stress e a ansiedade não só perturbam a tua mente, como também podem ter um impacto direto na tua vida sexual. Desde a redução do desejo até às dificuldades de desempenho, os efeitos podem ser variados e significativos. Vamos explorar a forma como estes estados mentais influenciam a tua sexualidade e como os podes ultrapassar.
Os franceses vão ter menos sexo em 2024
Em 2024, um inquérito recente realizado pelo Ifop para a Lelo revela um declínio considerável da atividade sexual entre os franceses, atingindo o seu nível mais baixo dos últimos 50 anos. Apenas 76% dos inquiridos declararam ter tido relações sexuais nos últimos 12 meses, o que representa uma diminuição de 15 pontos em relação a 2006. Este declínio também se reflecte na frequência das relações sexuais semanais, com apenas 43% dos franceses a declararem ter relações sexuais, em comparação com 58% catorze anos antes.

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Que factores irão influenciar a nossa sexualidade em 2024?
De facto, 76% em média, menos 15 pontos desde 2006 (quando foi realizado o último grande estudo sobre o assunto). A atividade sexual anual desceu assim para um nível ainda mais baixo do que em 1970 (82%). Atualmente, 43% dos franceses declaram ter relações sexuais, em média, uma vez por semana, contra 58% em 2009. A concorrência dos ecrãs, o fim do “dever conjugal”, a falta de interesse pelo sexo, a sobrecarga de trabalho mental…
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A influência crescente dos meios digitais
A crescente prevalência dos ecrãs e dos meios digitais afectou significativamente a forma como os jovens interagem com a sexualidade e a percepcionam. De facto, mais de um quarto dos jovens entre os 18 e os 24 anos (28%) afirma não ter tido relações sexuais no último ano.
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Mudança dasnormas sociais
Movimentos sociais como o #MeToo aumentaram a consciencialização sobre o consentimento e o comportamento adequado. Como resultado, 52% das mulheres entre os 18 e os 49 anos admitem fazer amor sem desejo, uma percentagem inferior à dos anos anteriores. Adeus, querido orgasmo… Esta mudança ilustra um questionamento gradual do “dever conjugal”, sublinhando uma mudança para relações sexuais mais consensuais e desejadas.
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Redução significativa da atividade sexual entre os jovens
O declínio da atividade sexual é particularmente acentuado entre os jovens, apesar de uma geração adepta da utilização de aplicações de encontros: mais de um quarto dos jovens entre os 18 e os 24 anos com iniciação sexual (28%) admite não ter tido relações sexuais durante um ano, cinco vezes mais do que em 2006. Apesar da omnipresença das aplicações de encontros, os jovens franceses assistem a uma redução acentuada da atividade sexual, frequentemente substituída por interacções virtuais, como o envio de mensagens ou fotografias eróticas, alargando assim a definição de sexualidade.
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O impacto inegável do nosso estilo de vida moderno
A tendência para actividades menos exigentes, como ver séries de televisão, navegar nas redes sociais ou jogar jogos de vídeo, é também um fator. Entre os casais jovens, 50% dos homens admitem ter evitado as relações sexuais em favor destas actividades de lazer.
O que pensamos...
Esta evolução sugere uma transformação das expectativas e das práticas sexuais, com uma ênfase crescente na qualidade das relações e não na sua frequência. Os especialistas sublinham que esta transição pode ser positiva, encorajando experiências mais satisfatórias e consensuais. Menos é mais? Menos pressão sobre o desempenho sexual e mais comunicação e cumplicidade?
Seria bom evitar as fontes de stress que podem ter impacto na tua sexualidade, uma vez que estas podem ser prejudiciais ao teu bem-estar sexual e à tua libido.

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Como o stress e a ansiedade podem afetar a tua sexualidade
O stress e a ansiedade não afectam apenas a tua paz de espírito; também podem ter um impacto real na tua saúde sexual. Desde a redução da libido até aos problemas de desempenho, as consequências podem ser diversas e de grande alcance.
1. Um lento declínio dodesejo sexual
O stress e a ansiedade crónicos podem reduzir drasticamente a tua libido. Quando o teu corpo está em modo de sobrevivência, produzindo adrenalina e cortisol, o desejo sexual torna-se secundário. Podes sentir-te menos interessado em sexo, o que pode criar tensão nas tuas relações.
2. As temidas dificuldades deereção
O stress e a ansiedade também podem causar disfunção erétil. A ansiedade de desempenho, em particular, é uma forma comum de ansiedade sexual que muitas vezes leva à falha erétil. Este círculo vicioso pode ser frustrante e pode exigir uma intervenção para quebrar o ciclo.
3. Ejaculação prematuraou retardada por ansiedade
Estes problemas também podem ser agravados pelo stress e pela ansiedade. A ejaculação precoce está muitas vezes ligada à ansiedade, enquanto a ejaculação retardada pode ocorrer quando estás demasiado stressado para relaxar completamente durante o sexo.
4. O impacto inevitável na qualidade da relação
O stress e a ansiedade não só prejudicam a função sexual, como também podem afetar a qualidade das tuas relações íntimas. A comunicação pode ser afetada e os parceiros podem sentir-se negligenciados ou menos ligados, o que leva a uma deterioração da relação.
Estratégias para gerir o stress e a ansiedade
Já me conheces, sou um tipo simpático, por isso vou dar-te algumas dicas para lidares com coragem.
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Opta por umdiálogo aberto
Fala abertamente com o teu parceiro sobre os teus sentimentos. A compreensão e o apoio mútuos podem ajudar-te a aliviar a pressão.
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Experimenta técnicas de relaxamento
Pratica técnicas como a meditação, o ioga ou a respiração profunda para reduzir o stress.
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Pratica umaatividade física
A prática regular de exercício físico é excelente para reduzir o stress e melhorar o teu bem-estar geral, o que pode ter uma influência positiva na tua vida sexual.
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Considera oaconselhamento profissional
Por vezes, pode ser necessário falar com um psicólogo ou sexólogo para abordar as causas profundas do stress e da ansiedade.

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Última palavra
Compreender como o stress e a ansiedade afectam a tua sexualidade é o primeiro passo para uma vida íntima mais satisfatória. Ao adotar estratégias de gestão do stress e ao manter uma comunicação aberta com o teu parceiro, podes não só melhorar a tua saúde sexual, como também fortalecer a tua relação. Não deixes que o stress e a ansiedade dominem a tua vida; toma medidas para recuperares o teu equilíbrio e o teu prazer. Seria uma pena estragar o teu prazer e o do teu parceiro por causa de pequenos detalhes…
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