
A fantasia das lésbicas na prisão é frequentemente retratada na cultura popular, mas é importante notar que se trata normalmente de uma representação fantasiada e muitas vezes hipersexualizada e não de uma realidade. No entanto, por vezes, a realidade encontra-se com a ficção.
Esta fantasia é frequentemente retratada em filmes, séries de televisão ou mesmo em certos relatos literários eróticos, mas também pode ser uma realidade, se acreditarmos nos muitos testemunhos de prisioneiras, guardas e visitantes. De acordo com algumas estimativas, as relações homossexuais rondam os 68% nos ambientes prisionais masculinos, ao passo que o número de mulheres é de 90-98%. Estes números devem ser tratados com prudência, uma vez que não são oficiais.
Além disso, há uma observação interessante a fazer: para algumas mulheres, parece que só se tornam homossexuais durante este período de reclusão. E isso seria melhor vivido do que pelos homens, onde aquele que “faz a mulher” é visto como fraco.
De qualquer modo, a fantasia das lésbicas na prisão existe tanto na cabeça das mulheres sedentas de sexo como na das que a vivem.
O que esta fantasia reflecte…
Combina vários elementos que despertam excitação ou interesse:
– O tabu e o proibido
As relações lésbicas podem ser vistas como proibidas em muitos contextos sociais, e a prisão é muitas vezes retratada como um lugar onde as regras sociais normais não se aplicam.
– Confinamento e isolamento
O ambiente fechado da prisão pode criar tensão sexual entre os reclusos, uma vez que estes estão frequentemente confinados durante longos períodos sem acesso a parceiros externos.
– Poder e controlo
Em alguns relatos ou testemunhos, pode haver uma dinâmica de poder entre os reclusos, em que um exerce controlo sobre o outro, acrescentando um elemento de dominação e submissão.
No entanto, é essencial sublinhar que esta representação é muitas vezes exagerada e muito distante da realidade das relações entre os reclusos. As prisões são ambientes complexos, com dinâmicas sociais variadas, e as relações sexuais ou românticas entre reclusos não são necessariamente mais comuns do que noutros contextos. Além disso, estas fantasias não reflectem a realidade das dificuldades e dos perigos que as pessoas encarceradas podem encontrar.
O que diz sobre ti…
A fantasia de lésbicas na prisão pode refletir alguns dos teus traços de carácter ou preferências sexuais, ou o que quer que esteja por detrás dela. Vou decifrá-la para ti.
Se és um voyeur
O teu interesse pela fantasia lésbica na prisão pode refletir uma curiosidade por enredos provocantes e representações sensuais. Podes encontrar excitação na observação de dinâmicas proibidas e eróticas, frequentemente presentes nesta fantasia. Podes gostar da excitação destas representações, encontrando fascínio na transgressão das fronteiras sociais e na descoberta de cenários sensuais.
Se és ator
O teu interesse por esta fantasia pode indicar uma abertura para explorar a representação de papéis e experiências sensuais com um parceiro, ou a ménage à trois (a fantasia preferida dos franceses). Podes sentir-te atraído pela ideia de criar cenários marotos, talvez até explorando aspectos de dominação e submissão de uma forma lúdica. Para ti, esta fantasia pode representar uma oportunidade de explorar dinâmicas de poder com um parceiro disposto a isso, num ambiente de jogo erótico. Afinal, quem é que não gosta de um pouco de BDSM suave ou duro?
De qualquer forma, o teu interesse por esta fantasia sugere uma abertura à exploração e à experimentação, seja através da observação de histórias eróticas ou da vontade de incorporar elementos de fantasia nas tuas próprias experiências íntimas. É uma janela para a curiosidade erótica e para a criatividade na esfera da intimidade e da sensualidade.
Como é que os reclusos fazem sexo uns com os outros?
É uma pergunta que muitos de vós já fizeram a si próprios, eu sei por experiência própria. A vantagem da fantasia é que podes imaginar o que queres para atingir o orgasmo e ejacular da forma que mais te agrada. Mas na realidade? A nossa imaginação é mais rica do que a vida quotidiana de um prisioneiro? Um agente prisional americano dá-nos uma resposta:
Cédric Long:
” 1 – Sexo com o pessoal – onde trabalhei, 31 agentes penitenciários foram despedidos ou obrigados a demitir-se num ano devido a interacções inadequadas com os reclusos. Pessoal masculino e feminino. 8 reclusas ficaram grávidas nesse ano enquanto estavam presas.
2 – Sexo uns com os outros – Os reclusos tinham relações sexuais diariamente, principalmente nos duches, mas até na capela durante os serviços religiosos.
3 – Masturbação – As violações da regra 38 não pararam. Os casos mais graves eram os de reclusos que tinham buracos nos bolsos e se masturbavam enquanto falavam contigo.
4 – Brinquedos sexuais improvisados – Temos um armário cheio de coisas modificadas para usares para te satisfazeres a ti próprio. Por exemplo, os reclusos embrulhavam café em bolas Kegel de plástico, pegavam em colheres de plástico embrulhadas em espuma de borracha e colocavam-lhes luvas.”
No final, para além dos brinquedos sexuais DIY (e mesmo assim, estamos a pensar em todos os jogos sexuais com frutas, para citar apenas um), nada é realmente tecnicamente diferente. Retira toda a noção de legalidade e de perigo. Como é que imaginas duas lésbicas na prisão?
As suas representações artísticas
Há uma série de obras artísticas, seja na literatura, no cinema, na televisão ou mesmo nas artes visuais, que exploram o tema das relações lésbicas na prisão. Estas obras podem variar na sua abordagem e na forma como abordam este tema sensível. Eis apenas alguns exemplos:
Cinema e televisão
–“Orange Is the New Black” (Série de TV): esta série explora o quotidiano numa prisão feminina, abordando várias relações e dinâmicas entre as reclusas, incluindo relações lésbicas. Mas, pessoalmente, acho a série muito romantizada e quase te faz querer ir para a prisão e fazer namoradas. É certo que há uma forma melhor de o fazer…
–“Wentworth” (série televisiva): série australiana que se centra na vida na prisão e que apresenta relações lésbicas entre as personagens. Muito mais realista, esta última retrata as relações entre os reclusos de uma forma mais crua, longe do universo romântico e erótico.
Literatura
–“Stone Butch Blues” de Leslie Feinberg: este romance aborda temas de género, sexualidade e identidade no contexto de uma prisão. Um clássico do género.
–“Fingersmith” de Sarah Waters: embora este romance não se passe inteiramente na prisão, parte do enredo decorre numa instituição penal e apresenta relações lésbicas.
Artes visuais
–Obras de arte contemporâneas: alguns artistas contemporâneos exploraram visualmente o tema da prisão e das relações entre mulheres encarceradas nas suas criações artísticas, seja através da pintura, da escultura ou de outras formas de arte visual.
–Fotografia documental: os fotógrafos têm por vezes documentado a vida na prisão e podem ter captado momentos que incluem relações entre reclusas.
Estas obras artísticas abordam frequentemente a fantasia das lésbicas na prisão de uma forma narrativa ou visual, procurando explorar a dinâmica humana, os tabus sociais e as realidades por vezes brutais da vida na prisão, embora algumas possam tomar liberdades artísticas para despertar o interesse ou a intriga do público. Depois disso, cabe-te a ti escolher de acordo com as tuas preferências.
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