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13 Mitos e ideias erradas sobre as mulheres transgénero (Part 1)

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Concentremo-nos nas mulheres trans neste artigo, apenas para fins de brevidade e clareza.

O assunto é tão vasto que devemos tentar mantê-lo simples. Além disso, estamos aqui por um motivo: desmascarar mitos é uma das coisas que os céticos devem fazer, certo?

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Ok então…

1. Mulheres trans são apenas muito, muito, MUITO gays

Esse mito é incrivelmente persistente e muito comum. Mas a verdade é bastante simples: identidade de gênero e orientação sexual não têm nada a ver uma com a outra. Uma frase comum para resolver esse mal-entendido é: “orientação sexual trata de quem você quer levar para a cama, identidade de gênero trata de como você quer ir para a cama”.

Da minha parte, prefiro abordar essa questão simplesmente apontando a existência de lésbicas trans (ou seja, mulheres trans que são atraídas por outras mulheres). Problema resolvido.

Ou assim espero.

Acho que grande parte dessa confusão vem do fato de associarmos fortemente comportamento ao gênero.

A suposição cultural da heterossexualidade é tão intrínseca que vemos homossexuais como questionadores do que significa ser homem. Eles são considerados femininos ou transgêneros simplesmente porque se envolvem em um modo de sexualidade mais comum entre mulheres do que homens, mesmo que muitos homossexuais se expressem de maneira quase hiper-masculina.

Essa ideia errada é amplificada pela excessiva importância que damos ao sexo e à sexualidade ao pensar sobre gênero e seu significado, de modo que acabamos associando qualquer expressão de gênero à sexualidade. Por exemplo, a ideia disseminada entre os homens de que as mulheres se vestem elegantemente, com estilo ou de forma sensual principalmente para atrair homens, em vez de simplesmente como uma expressão de sua própria identidade e sentimentos do dia.

Esse mito é prejudicial tanto para mulheres trans quanto para homens gays. Muitas vezes leva as questões transgênero a serem negligenciadas ou contratadas dentro de discussões mais amplas sobre questões LGBTQ.

**Resposta curta:** sexo/gênero e sexualidade não têm uma relação determinista entre si. É por isso que existem pessoas gays, lésbicas e bissexuais, para começar.

2. “Então você vai cortar o seu pênis?”

Outro exemplo marcante. Em resumo, não. Não é assim que funciona.

Espero não exagerar para você, mas vou dar uma explicação muito breve e básica sobre uma das formas mais comuns de cirurgia genital MtF (também conhecida como CRS, cirurgia de redesignação sexual, ou CRG, cirurgia de reconstrução genital, ou vaginoplastia), usando o “método de inversão”. O pênis é essencialmente dividido em três partes. A ponta é separada da parte maior do eixo para ser formada em um clitóris. A pele do eixo é removida e o próprio eixo é dividido ao meio. Ele é então invertido em um canal vaginal, de modo que a circunferência externa do eixo serve como revestimento vaginal. Isso preserva as sensações durante o sexo penetrativo e permite um grau de lubrificação natural durante a excitação.

Os testículos são efetivamente descartados, mas são praticamente o único tecido que não é usado. O tecido escrotal é utilizado para formar os lábios externos e criar a aparência estética de uma vulva feminina típica. O tecido e a pele restantes são usados para formar um capuz clitoriano e adicionar profundidade extra ao canal vaginal, se necessário.

O procedimento é notavelmente eficaz e evoluiu consideravelmente ao longo das décadas.

Atualmente, as mulheres trans podem preservar uma sensibilidade considerável (muitas vezes sem perda de sensação relatada), e muitas relatam maior satisfação sexual e a capacidade de atingir o orgasmo intacto. A aparência externa é praticamente idêntica à de qualquer outra vulva feminina. As únicas duas coisas que geralmente são percebidas são que, se o parceiro for particularmente bem-dotado, ele pode notar uma leve falta de profundidade e que o canal vaginal geralmente é um pouco mais rígido do que o de mulheres cis, embora isso possa ser evitado por mulheres trans que tomam cuidado em exercitar a técnica correta ao dilatar (um processo necessário para garantir que o canal vaginal não feche).

Na próxima parte, continuarei desmistificando os 13 mitos e equívocos sobre mulheres trans que você pode ter ouvido antes de se interessar pelo assunto, então… Fique ligado!

“XLoveCam não se responsabiliza pelo conteúdo do blog que é alegado ser escrito por uma parte externa.”

Sobre o autor

Pamela Dupont

Ao escrever sobre relacionamentos e sexualidade, Pamela Dupont encontrou sua paixão: criar artigos cativantes que exploram as emoções humanas. Cada projeto é para ela uma aventura cheia de desejo, amor e paixão. Através de seus artigos, ela busca tocar seus leitores, oferecendo-lhes perspectivas novas e enriquecedoras sobre suas próprias emoções e experiências.

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